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Aécio vai diminuir desigualdades na região Norte

Aécio falou das propostas para o desenvolvimento na Região Norte e cobrou explicações do Governo Dilma sobre o escândalo da Petrobras.

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Sobre propostas do candidato para o desenvolvimento econômico e social do Pará e Amazônia.

Quero reafirmar aqui hoje no Pará, mais uma vez, o compromisso com uma política nacional de segurança. No meu governo, o presidente da República vai ter a responsabilidade de conduzir uma política de segurança, que passa pela reforma do nosso código penal, para que acabe essa sensação de impunidade que hoje existe no país, proíba o represamento dos recursos aprovados no Congresso Nacional. Esse ano, apenas 20 % dos Fundos de Segurança Pública foram efetivamente executados. Garanta uma política de policiamento de nossas fronteiras, com a Polícia Federal e as Forças Armadas atuando em conjunto e, principalmente, uma parceria com os Estados, onde cada um saiba, efetivamente, com o que vai contar mensalmente, ou para ampliar o efetivo, ou para investir em inteligência, ou para investir em equipamentos.

Temos condições de em 60 dias colocar mais 60 mil homens, policiais formados, nas ruas. Basta que o governo federal subsidie os funcionários administrativos. Portanto, os policiais que fazem hoje serviços administrativos poderiam ser liberados imediatamente para ir às ruas. Uma política nacional de segurança será responsabilidade, no meu governo, do presidente da República.

E estabeleceremos uma nova relação com os países vizinhos produtores de drogas. O Brasil não é produtor de cocaína, o Brasil não é produtor de maconha. E os países que são os principais produtores, vemos seus governos fazendo vista grossa para aquilo que lá acontece. Vem para o Brasil e, aqui, vimos no ano passado 56 mil assassinatos. Mais de 30 mil em função do tráfico de drogas. Vamos estabelecer uma nova relação, onde as parcerias com esses países serão condicionadas a ações efetivas desses governos para coibir o cultivo das drogas no seu território.

Sobre políticas para a região Norte.

Eu tenho dito sempre que você para diminuir a desigualdade tem que tratar os desiguais de forma desigual. Foi o que fiz como governador de Minas Gerais e pretendo fazer como presidente República. Em primeiro lugar, resgatar a capacidade dos municípios e dos Estados enfrentarem as suas dificuldades. O Brasil vive um Estado unitário hoje, apenas o governo federal tudo tem e tudo pode. Um novo Pacto Federativo, com a agenda da Federação, que está em discussão no Congresso Nacional e não foi votada até hoje, porque a base do PT não permitiu, sendo votada com absoluta prioridade.

Vamos dar um choque de infraestrutura nessa região, pois é ela que nos ajudará a garantir maior competitividade àquilo que aqui se produz. Vamos fazer um processo rápido de simplificação do nosso sistema tributário, para atacar, também, da mesma forma, o custo Brasil. Essa região tem um potencial extraordinário de crescimento, mas é uma região que vem sendo governada com desprezo pelo governo federal.

Aliás, o governo federal governa de costas para a região Norte e também, em grande parte, para a região Nordeste do Brasil. Vamos ser o governo que vai diminuir as desigualdades com ações pontuais na saúde, na segurança pública, como disse, na melhoria na qualidade da educação e infraestrutura.

Sobre esforços para melhoria da educação.

Esse é um esforço de todos. Quero trazer a minha experiência de Minas Gerais para o Brasil. Vimos a falha de uma política, por exemplo, em relação ao ensino médio, onde existe um só currículo em todo o Brasil. Isso é uma visão do século passado para o século XXI. Temos que regionalizar os currículos, adaptá-los à realidade de cada região, para que eles sejam atrativos. Temos que refundar a escola brasileira. Tenho dois programas na área de educação que quero implementar no Brasil, que, a meu ver, permitem um resgate de uma parcela importante dos jovens brasileiros que não completaram o ensino.

Temos 20 milhões de brasileiros entre 18 e 29 anos de idade, de jovens brasileiros, que ou não completaram o ensino fundamental ou não completaram o ensino médio. Vamos fazer aquilo que se faz hoje com estudantes que ganham a bolsa de estudo para um curso de pós-graduação. Vamos dar uma bolsa de um salário mínimo para todos os jovens que não completaram seja o ensino fundamental, o ensino médio, para que possam fazê-lo. O trabalho desse jovem será estudar. Porque só assim eles vão conseguir se qualificar um pouco mais.

Sobre as denúncias envolvendo a Petrobras e o governo federal.

Esse governo acabou. Esse governo acabou antes da hora. A presidente da República já demite por antecipação o seu ministro da Fazenda, e, no caso do PT, denúncias. É só uma questão de tempo. Estamos aí frente ao Mensalão 2. A principal empresa pública brasileira submetida a interesse de grupos. Para quê? Para manter o PT no poder. Quando denunciei, lá atrás, no Congresso Nacional e liderei a constituição de uma CPMI para investigar a Petrobras, o governo dizia que estávamos atacando a imagem da principal empresa brasileira.

A verdade é que o governo do PT enlameou a nossa principal empresa. E não adianta o governo dizer que não sabia. É preciso que as respostas sejam diretas, objetivas e que essas investigações possam ser aprofundadas. E quem tem responsabilidades tem que ser punido exemplarmente.

A nossa proposta busca encerrar esse ciclo perverso de governo do PT, que tão mal vem fazendo ao país, para iniciarmos um novo ciclo de seriedade e respeitabilidade na gestão do recurso público. Um ciclo onde possamos colocar, ao mesmo tempo, a ética junto com a eficiência, com a competência. É importante que fique claro que a mudança que o Brasil quer e que vai acontecer, porque o PT será derrotado, ela não se dá no dia da eleição. Ela se dará a partir do primeiro dia do próximo mandato. E quem tem as melhores condições de iniciar um novo ciclo, virtuoso, ético, eficiente, e que permita todas as regiões do Brasil avançar, somos nós. Não existe uma outra alternativa que signifique a mudança segura que o Brasil espera. Por isso estou extremamente confiante com a nossa possibilidade de vitória.

Sobre posição das candidatas do PT e do PSB sobre as denúncias.

Se não afeta o governo, afeta quem [as denúncias]? Estamos falando de uma área que foi conduzida, liderada, pela atual presidente da República nos últimos 12 anos. Não acredito que a presidente da República tenha recebido recursos desse esquema. Mas, do ponto de vista político, ela foi beneficiária sim. E tinha a obrigação de saber aquilo que acontece no seu entorno. Administrar é tomar decisão. Administrar é coibir malfeitos. Administrar é apresentar resultados positivos, tudo o que esse governo não vem fazendo.

Em relação à candidata Marina, vejo uma tentativa permanente de vitimização. Eu não faço nenhuma acusação desse gênero à candidata Marina e vou até além. Em relação às acusações sobre o ex-governador Eduardo Campos, conheci Eduardo durante 30 anos. Isso não combina com ele. Eduardo era um homem de bem. Eu faço toda essa ressalva. Agora, esse discurso da candidata Marina que é vítima dos ataques do PT e do PSDB é um discurso muito defensivo.

Nós, do PSDB, queremos saber, até porque não temos semelhança alguma com o PT. Se alguém tem uma semelhança ou uma identidade com o PT é ela, pelos seus mais de 20 anos de militância no partido, não somos nós. A nossa cobrança em relação a ela é uma cobrança política.  Eu quero saber sim qual é o compromisso da Marina com o agronegócio, se vale o de hoje ou vale o de 1999, quando ela apresentou um projeto proibindo o cultivo de transgênicos no país? Qual é o compromisso dela com a estabilidade econômica do país? É o de agora ou aquele quando ela no PT votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e dentro do PT tentaram inviabilizar o Plano Real? O Brasil tem o direito de saber em qual candidata eventualmente vai votar. Esse é o jogo político e ela tem que estar preparada para dar essas explicações.

Ninguém está imune a qualquer tipo de crítica. A nossa crítica é política, é frontal. Porque acho que temos as melhores condições de fazer as mudanças que o Brasil precisa. Não basta apenas um conjunto de boas intenções. Boas intenções todos temos, mas é preciso que essas boas intenções de transformem em uma nova realidade, de retomada do crescimento, de valorização dos empregos de boa qualidade, de descentralização dos investimentos em saúde e em segurança pública, para avançarmos nessas áreas, de melhoria na qualidade da educação.

Não estou prometendo nada que não tenha feito quando fui governador de Minas Gerais. Por isso é importante que esse debate se dê as claras. A candidata Marina, quando coloca no mesmo saco as críticas ao PT e ao PSDB, ela comete um equívoco e, a meu ver, foge do debate. Quero saber, em relação ao governo federal, quem são os responsáveis pelas irresponsabilidades e falcatruas que ocorreram agora na Petrobras, e isso é responsabilidade do governo do PT comandado pela presidente Dilma.

Em relação à candidata Marina, quero saber com quem ela vai governar e de que forma pretende governar o país. Com que convicções? Porque quem muda de opinião a todo instante, em razão das circunstâncias ou de determinadas pressões, a meu ver, mostra uma fragilidade muito grande pra enfrentar um país com as complexidades, com as dificuldades que vamos enfrentar a partir do ano que vem.